A língua influencia diretamente a alteração da forma e da posição das arcadas maxilar e mandibular. Em 1927 descobriu um efeito direto entre as línguas grandes e pequenas com mandíbulas grandes e pequenas, respectivamente: "Se a língua não é o fator dominante na coordenação do crescimento das arcadas dentárias, pelo menos ajuda a coordenar o crescimento".
O desequilíbrio entre a língua e a musculatura periodontal pode conduzir a mordida aberta, arcadas estreitas, má oclusão Classe II ou Classe III, ou retrusão ou protusão bialveolar.
Papel desempenhado pela língua para regular o Crescimento Médio Facial
A língua tem sido estudada por Stutzman e Petrovic e por Gasson e outros, usando animais experimentais. Em experiências de glossotomia parcial, o crescimento da maxila para frente foi consideravelmente menor que o normal. O crescimento da sutura pré-maxilar foi significativa e consistentemente reduzido, principalmente quando a ressecção da língua era ampla. O crescimento da sutura maxilo-palatina também diminui. Os autores descreveram o mecanismo aparente como diminuição do empuxo da língua depois de glossotomia parcial.
Quando a língua era aumentada, ocupava uma posição abaixo da normal e não produzia o esperado crescimento anterior-posteriorda maxila. A língua estimulava o crescimento lateral da pré-maxila, mas não da maxila. A pressão da musculatura bucal era constante, empurrando os pré-molares e molares numa direção palatal.
Papel desempenhado pela língua no Crescimento Mandibular
A língua influencia a velocidade e a extensão do crescimento mandibular. Uma glossotomia parcial em ratos jovens normais resultou num considerável atraso do crescimento tanto condilar como antero-posterior da mandíbula. Quando a mesma experiência foi feita com o músculo pterigóideo lateral também ressecado bilateralmente, observou-se apenas um atraso desprezível no crescimento condiliano.