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Chupetas: Mal necessário?

Diferentes tipos e usos do mais tradicional item do enxoval infantil podem ser mais bem aproveitados se você souber quando apresentar e suspender o uso.

Considerado se for vista como um consolo para curtos períodos de inquietação do bebê, não como uma companheira constante, a chupeta pode ser uma aliada no cuidado de seus filhos. Esse acessório pode simular a satisfação encontrada pelo bebê na amamentação e proporcionar um efeito calmante nas horas de aflição. Entretanto, não se trata simplesmente de prazer. Durante a sucção, a criança se desenvolve psicologicamente, mas também fortalece sua estrutura oral - lábios, língua, bochechas, ossos e músculos da face. No futuro esse desenvolvimento permitirá o correto desempenho da fala, da respiração e da mastigação.

Para cada idade um tipo

A chupeta ideal deve agradar pais e filhos. Afinal, de nada adianta a escolha da chupeta mais adequada segundo os pais, se o pimpolho não aprova-la e cuspi-la longe. A primeira característica a ser observada é o tamanho, que precisa estar de acordo com a idade da criança. Se ela tiver de 0 a 6 meses, o tamanho da chupeta, do escudo até a ponta do bico, não pode ser inferior a 23 mm (o que equivale ao diâmetro de uma moeda de R$ 0.50) e superior a 27 mm, e se a criança estiver com idade acima de 6 meses, o tamanho não deverá ser inferior a 27 mm (uma moeda de R$ 1) e superior a 33 mm. Com esses limites, a criança não corre o risco de engasgar nem a sucção fica desconfortável.

A chupeta mais recomendável é a ortodôntica. Mais ainda a partir dos dois anos a criança já tem a maioria dos dentes, e é preciso ter cuidado para não atrapalhar a acomodação da língua, nem provocar danos no formato da boca da criança.

Jamais passe a chupeta no açúcar, mel ou qualquer outro doce. A presença do sabor doce na chupeta pode levar a criança a associar o bem-estar com alimentos e bebidas doces, provocando o mau hábito do consumo desses alimentos desde cedo, o que pode levar o risco de desenvolver a obesidade e do surgimento precoce da cárie. O mesmo vale para bebidas alcoólicas, que têm efeito ainda mais danoso.

Começar ou terminar pode ser difícil

O hábito da chupeta pode ser tão difícil de começar quanto de terminar. O bebê deve ter a chance de se habituar e optar pelo modelo que mais o agrada, entre os apresentados pelos pais. Por outro lado, caberá aos pais estabelecer um limite para o uso, tanto em freqüência quanto em duração.

Dar a chupeta sempre que ele estiver chorando pode deixa-lo acostumado a tê-la em sua boca a todo instante e, desta forma, a sua retirada será cada vez mais difícil. Avalie antes a origem do choro. Veja se é fome, ou dor, e dê a chupeta apenas se lhe parecer simples inquietação.

O uso da chupeta é preferível a chupar o dedo, cujo vício é mais difícil de interromper. Muitas crianças abandonam o vicio, tanto do dedo quanto da chupeta, por conta própria. Se isso não acontecer com o seu filho , não se desespere! A boa fase para se fazer a retirada da chupeta é entre os dois e os quatro anos. Se permanecer até os cinco anos, há risco de surgir uma deformação na arcada dentária, que pode levar a criança a precisar de um tratamento ortodôntico.

Para retirar a chupeta, comece limitando o uso, por exemplo, à hora de dormir. O resultado será melhor se a idéia for apresentada com calma e muita conversa. Use exemplo de amiguinhos que largaram o hábito e, se preciso, ofereça uma recompensa caso a criança abandone o hábito, mas nunca a envergonhe ou castigue por demorar em deixar a chupeta.

Manutenção e higiene

A chupeta pode transmitir microrganismos se não for bem limpa. As encontradas nas prateleiras das lojas , em sacos plásticos, potes, cartelas, envelopes, etc., não estão esterilizadas. Assim que comprá-las, ferva-as em água por cinco minutos. Você pode repetir a fervura todas as vezes que a chupeta cair no chão ou depois do uso da criança.. A partir de um ano de idade, quando a criança leva tudo à boca, pelo menos assegure que a chupeta seja passada por água potável antes de voltar à boca de seu filho. Após a fervura e antes do uso , coloque-a numa embalagem com tampa, limpa, seca e usada apenas para isso. As chupetas não devem ter "uso comunitário". Fique atento às condições de higiene da creche do seu filho. Substitua a chupeta sempre que ela apresentar desgaste: deterioração do escudo ou bico inchado, rasgado, pegajoso ou com alteração da cor, com rasgos, fissuras e rachaduras.

Para evitar que a criança estranhe a substituição de uma chupeta, mantenha mais de uma chupeta em uso.