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Morfologia- Tipo 3

Na Morfo 3, as chaves dentárias de Angle nos caninos e molares inferiores estão á frente de suas posições com os dentes maxilares.O complexo nasomaxilar, tem um crescimento mais vertical e pouco horizontal, onde fatores genéticos tem alta preponderância.A mandíbula é esqueléticamente maior que a maxila, quer por um desenvolvimento do corpo ou de seu ramo.

Se houver alteração em naso ou orofaringe o quadro clínico piora, principalmente se o paciente estiver no período ontogenético, pois a língua se aprofunda no assoalho bucal, estimulando ainda mais a MD e tendo pouco contato com o palato maxilar.O plano oclusal torna-se assim divergente pela falta de tônus língual amoldando-se `a deglutição atípica.O padrão muscular é forte , com fibras horizontais em maior número que as verticais.Portanto, apertamentos dentários, bruxismo e sinais de DTM (disfunção), são freqüentes, ainda mais se fatores psicológicos estiverem atuando. Excelentes "mastigadores" látero-protusivos levam a sinais de estímulo transversal inferior com mordidas cruzadas uni ou bilaterais.Sua Rotação Mandibular é neutra ou posterior, onde quadros desse último sentido devem ser levados em consideração no diagnóstico para não prejudicar o caso e realizar um prognóstico da mudança de postura da MD para uma posição mais retrognática, desde que haja espaço condilar aceitável.Em fase pós-ontogenética, compensações dentoalveolares suaves são comuns, naqueles pacientes que não desejam cirurgias ortognáticas.

Caso A Padrão III

Relação esquelética de mandíbula, maior que maxila (Variáveis cefalométricas de CoA e CoGn), embora a oclusão fosse de Classe I de molar. Observa-se uma tendência a mordida de topo anterior, apinhamentos e interposição lingual lateral. O que dificultou o caso foi o período puberal de tratamento e o alto potencial genético de crescimento mandibular remanescente intrínseco (CPCNT-5). A Ortopedia Funcional auxiliou no controle do deslize da mandíbula para anterior e a Ortodontia individualizada fechou o caso, promovendo compensações dentoalveolares que estabilizaram a guia incisal desta mordida. A contenção, pós tratamento, deste caso é importante para diminuir os efeitos deletérios do crescimento não favorável.

Caso B Padrão III

Paciente com base óssea maxilar deficitária e mandíbula bem posicionada. O hábito de interposição lingual lateral era extremamente forte durante a deglutição. Faltava espaço significativo para os caninos superiores e a alteração na direção de erupção do segundo pré-molar inferior direito (45) era evidente pela radiografia panorâmica. A indicação da Ortopedia Mecanofuncional (O.M.F.), para remodelar a pré-maxila e a expansão do arco superior com controle de hábitos deletérios no arco inferior foi fundamental para a melhora parcial deste caso. Após esta melhora foi indicada a integração ortodôntica da paciente de 14 anos, com a prescrição Andreoli, o que auxiliou em espaço para os caninos e o nivelamento da curva de Spee.

Caso C Padrão III

Mordida cruzada anterior severa com apinhamentos associados em paciente adulto, com agenesia de incisivo lateral e caninos superiores.A mudança de postura terapêutica foi garantida pelo posicionamento dos côndilos mandibulares, o que fez com que o aparelho ortopédico projetasse e protruisse os incisivos superiores. A prescrição individualizada ortodôntica Andreoli, associado com elásticos intermaxilares leves compensou satisfatoriamente esta má oclusão de difícil resolução. A tomografia da ATM final com boca fechada, esquerda e direita, demonstra a garantia de saúde articular em 36 meses de tratamento integrado.

Caso D - Padrão III

Mordida cruzada anterior e lateral com grande mordida aberta, em conjunto com diastemas mandibulares em paciente adulta. A expansão maxilar ortopédica, com a utilização de barra transpalatina para intruir os molares superiores, e a mesialização dos molares inferiores, auxiliou significativamente esta má oclusão, em fase parcial de tratamento. Não foi necessária a extração de dentes para ajudar no fechamento da mordida e foi conseguido evitar a cirurgia ortognática (outra opção de tratamento). O uso de elásticos calibrados em força e geometria adequadas promoveu a flutuação dos dentes com equilíbrio gengival durante a retração dos dentes inferiores anteriores, em 40 meses de tratamento.

Caso E Padrão III

Paciente adulto com mordida cruzada lateral severa, agenesia e falta de espaço para o incisivo lateral superior esquerdo (22) e relação de topo anterior. Foi utilizado o aparelho ortopédico mecânico AS-7 “Protor” (Andreoli System), para controlar a mandíbula e desocluir a oclusão, como demonstra a imagem ilustrativa de outro paciente. A Barra Transpalatina para manter a expansão e a correção dos pré-molares com fios ortodônticos e elásticos cruzados, promoveram a melhora significativa da mordida deste paciente, facilitando até na finalização ortodôntica a instalação de implante no elemento 22, o que ampliou o sorriso e a estética bucal.